A QUADRILHA

Introduzida nos salões do Paço no tempo dos vice-reis, a quadrilha , que emigrara da França, aclimatou-se à galanteria de portugueses e brasileiros ( no último baile da Corte, em 1852, foram dançadas mais de vinte quadrilhas), para depois integrar-se nas camadas mais populares, onde ganhou variedade na contradança e a graça pitoresca das marcações jacosamente afrancesadas.

Não há necessidade de ser ensaiada antes. Cada um dos seus integrantes poderá seguir a ordem do marcador a seu jeito, bastando algumas rápidas explicações prévias. Só a determinação dos pares é que precisa ser feita antes, a critério (ou de preferência sem critério algum) do organizador da festa.

Depois é preciso que ela seja puxada por alguém muito animado e com um tom de voz que possa ser ouvido por todos, é bom também que seja longa e muito alegre.

Qualquer pessoa mais idosa ou traquejada, em festas juninas saberá dar muitas outras ordens capazes de movimentar alegremente o grupo. Convidar uma pessoa assim para participar da festa na honrosa condição de marcador da quadrilha é uma boa idéia. Caso não haja alguém com estas características, qualquer leigo mais animado e bem intencionado pode, com algumas instruções , dominar o assunto.

Na música nada melhor que um sanfoneiro. Há muitos profissionais ou mesmo amadores que poderiam ser contratados. Na falta deles o jeito é apelar para os discos e cd’s. o compasso será de marcha e os convidados acompanharão o ritmo ou simplesmente dançarão a quadrilha arrastando os pés. Durante toda a noite nenhum outro som será permitido, a não ser o do forró autêntico.

OU SE PREFERIREM:

Podem fazer uma série de ensaios da quadrilha, bem antes da festa. Arranje um disco bem animado com músicas típicas. Uma pessoa com voz forte e com disposição para comando deve ficar no alto , gritando os passos da quadrilha. Os casais, arrumados com roupa de festa , vão fazendo os passos característicos, sem errar. Os casais errados têm que pagar uma prenda, quase sempre números engraçados.