AS FESTAS JUNINAS

Desde o longíquo século XVII, existe no Brasil a tradição de festejar os chamados Santos de junho. Santo Antonio, São Pedro, apesar de muito populares, com o tempo cederam sua vez para que a grande comemoração junina ocorresse na noite de São João. Uma noite de confraternização, em que se celebra a fartura, a amizade e a boa-vizinhança – madrugada adentro – ao redor da fogueira simbólica. Muitas brincadeiras, comida gostosa, quentão para abafar o frio, sem esquecer os fogos e a quadrilha.

Façam com que neste ano a festança junina renasça animada e alegre como sempre.                

São João é a mais ingênua das festas brasileiras. Talvez também a mais alegre e gostosa de todas. Dos colonizadores portugueses herdamos o costume de festejar os Santos de junho, o que ainda hoje se faz pelo interior dentro do velho espírito de espontaneidade e animação total. É no solstício de inverno, no tempo frio, no limiar de um novo ciclo agrícola, que temos um anseio de estreitamento de laços afetivos com nossos familiares e vizinhos , o que se dá simbolicamente ao redor do fogo. Em alguns subúrbios ela renasce a cada ano conservando elementos autênticos e o seu maior encanto, que é a convivência com um certo clima de roça. Assim permanecem as características de ingenuidade, espontaneidade e liberdade.

Nestas festas deve-se erguer o Mastro e a Capelinha, armar uma grande fogueira para assar o milho, a mandioca, a batata-doce e as bananas, iluminar a noite fria com fogos e rojões...

Em matéria de quadrilha, brincadeiras e sobretudo na area dos quitutes e gulodices, há todo um vasto campo a ser explorado. É imperdoavel a presença de refrigerantes numa festa junina, na qual as estrelas devem ser o licor de jenipapo e o famoso quentão e muito suco de fruta natural. Música só se admite a bandinha, o sanfoneiro ou no máximo discos autênticos de forró.

Quanto a fogueira faça uma bem vistosa.

É claro que para o sucesso de uma festa do gênero, fundamental é ter-se espaço. Quanto mais, melhor. Quem dispõe de um sítio, uma casa na serra ou na praia poderá fazer uma festa junina mais completa. Aqueles que moram em ruas tranquilas sem saída, devem combinar com os vizinhos e se informar sobre a possibilidade de fechá-la no dia da festa.

O mais importante independente do tamanho da area que tem a disposição para a festa é que nela se conserve seu cardápio próprio, suas brincadeiras e seu som tradicional.